quarta-feira, 23 de março de 2011

BBB connecting people

Tremedeira, vontade de [voltar a] fumar, taquicardia e tensão. Esses foram alguns dos sintomas que senti ontem, antes de ouvir Bial dizer que Rodrigão estava fora. Tudo isso foi completamente atípico para mim. Nunca fui de ser muito fã de ninguém, acompanhei as outras dez edições sem me envolver demais e quando esta começou, tive a impressão de que sequer iria acompanhá-la até o final. Enganei-me redondamente e acabei muito envolvida com o programa. Discuti com amigos, fui extremamente criticada e, quem diria, no primeiro BBB com Twitter, perdi dezenas de seguidores entre amigos, conhecidos e colegas. Não que isso me surpreendesse, avisei na estreia que BBB seria assunto recorrente na minha timeline. O que me resultou em vários outros seguidores, me deixando com um saldo positivo de mais de 100 seguidores, entre fã-clubes de BBBs, familiares de confinados, ex-BBBs, jornalistas, curiosos, enfim... gente de tudo quanto é lugar, que chegou a mim pelo interesse comum em BBB. Mas, por que tanto envolvimento na edição com menor audiência de todas depois de mais de uma década de programa?

Pessoas. Essa é a mais simples explicação. Um reality show promete ser, pelo menos, parecido com a realidade e, apesar da disputa pelo R$1,5mi e de grande parte dos confinados estar lá “apenas” por isso, me apeguei aos que tinham mais a me oferecer. E, surpresa, como me apeguei! Votei e votei muito contra aqueles que eu NUNCA gostaria de ter perto de mim como amigos, no trabalho ou na faculdade. #foraadriana, #foragago, #forajararaque, #foramaumau, #forarodrigao. Defendi, como nunca tinha feito anteriormente, aqueles que para mim pareciam próximos, que têm um perfil legal e que facilmente seriam meus amigos aqui fora por suas qualidades e com todos seus defeitos. #ficadiana, #ficadaniel, #ficamaria, #ficanatalia, #ficawesley, #ficatalula. Mamãe insiste em me dizer que Maria é uma safada, Daniel um desavergonhado e Diana não se decide sobre gostar de homens ou mulheres e fica fazendo essas “putarias”. Ah, mãe, se você soubesse... Se soubesse como eu tenho vontade de encontrar com um deles na rua, sentar e bater horas de papo. Antes, claro de uma balada bem animada. Ela não sabe, mas sabe que discordo dela.

Queria que todos tivessem discernimento para enxergar que não é porque você não faz algo que os que fazem estão errados... Muito do que eles fizeram na casa, eu não faria. Ah, mas se eu estivesse nesta edição, tenho a certeza de que teria tanta rejeição quanto Diana e, muito provavelmente, sem toda a aprovação que ela tem. Não tenho dúvidas de que meu grupo de amigos seria formado pelos que na casa estão até o momento. Não faltaria assunto com a peculiar Diana que, incrivelmente, tem o gosto musical e cinematográfico muito similar ao meu e a mesma mania de inventar na cozinha (e errar a mão na pimenta) que eu tenho... Sem falar, é claro, do desajeito nas dancinhas, da ironia que poucos entendem e hábito de ser sarcástica. Pontos esses que, por sinal, são difíceis de não soarem mal com a edição.

Também não tenho dúvidas de que compartilharia dos porres de Daniel e, em menor ou maior proporção, acordaria a cada dia pós-festa com ressaca moral. Desculpa, mãe, se suas amigas ou qualquer outra pessoa me condenariam por isso, mas isso é viver... Ah, e como esse trio deu um show de bola no BBB, simplesmente vivendo. Maria, cativante como ela só, entrou numa furada chamada MauMau. E quem não se meteu em uma roubada por um cara que se mostrou um mané mais tarde, que atire a primeira pedra. Agora, quantos de nós teríamos coragem – ou falta de noção – o suficiente para fazer isso em rede nacional? Maria não tá nem aí. Maria virou verbo e este verbo está longe de ser uma ofensa. Gracinha de pessoa que, independente de seus amores, sua vida sexual ou seus desejos, me parece uma ótima companhia. E o que mais me surpreendeu: Wesley. Tipo do cara que eu nem chegaria perto por já achar que era mais um playboyzinho marrento. E não! Ah, ele sim é um exemplo de nobreza: gentil, sem preconceitos e educado. Simpatizo com o bom moço, esse sim protótipo do que minha mãe queria para ser meu amigo e, por isso, fico com ele também.

Pela primeira vez em onze edições, vejo a final que eu queria e fiz parte da construção dessa final. E eis que ao falar dos finalistas + 1, só lembro do tal jargão tão repetido no Twitter: tem como não amar? Me diz, como não amá-los? Daniel, Diana, Maria e Wesley me conquistaram e acredito que a grande parte do Brasil também. Acho que essa é a tal afinidade que o pessoal lá de dentro da casa tanto fala...


Um comentário:

  1. Poxa querida amei seu texto ,muito bem escrito e com sentimentos iguais aos meus !! É bem verdadeira a sua descrição dos confinados ,quem teria a CORAGEM de #Daniel ou a vontade de viver de #Maria principalmente em rede nacional? Muito merecido esss 4 finalistas.Parabens pelo seu desabafo !

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