quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quem escolhe...

Começou prometendo muita emoção, tascaram logo uma música que parecia a trilha de Jogos Mortais e depois partiram pra uma batidinha meio “Discoteca anos 70”. Edição caprichada de estreia. Rolou, ainda, o som da respiração tensa de candidatos, acompanhada de uma sequência de tomadas rápidas e até uma “hola” em meio aos mais de 40 mil candidatos nas quatro cidades em que foram feitas as audições. Com essa descrição, a gente só pode acreditar que o Ídolos 2011 promete, não é? Não, não é.

Desculpem-me aqueles que não veem o Big Brother Brasil, mas em plena #rehabbb, como diria @davsonreality, eu não poderia deixar de fazer uma comparação. Ao contrário do programa global, o Ídolos tende a melhorar nas fases finais, quando há um menor número de concorrentes. Isso porque, em primeiro lugar, no fim sobram aqueles que são, teoricamente, melhores. Em segundo, porque a convivência e tudo que ocorre em consequência dela, não é o que move o programa.

Pois bem, me permitam, então, neste primeiro momento, ignorar os candidatos da estreia e falar um pouco dos jurados do programa. Em uma breve apresentação desta edição, já senti a falta do meu jurado preferido: Calainho. Direto, não deixava que os candidatos a ídolo passassem de segundos nas apresentações que desgostava enquanto distribuía elogios sem medo àqueles em que via talento. Ontem, não vi nenhum jurado com tal perfil. Pois bem, não temos, não temos. Vamos aos responsáveis por escolher o Ídolo do Brasil em 2011.

Luiza Possi disse que busca como ídolo um cantor autorreferente (WTF????). Com longos (usei crtl+i para demonstrar ironia, ok?) 10 anos de carreira, alguns prêmios que não me recordo, mas que foram citados no programa, a cantora e compositora teve UM sucesso. E no típico estilo ‘one hit only’, tornou-se conhecida quando eu era adolescente por “Dias sempre iguais”. Sem falar, é claro de que ser filha de Zizi Possi ajudou. Sua mãe tem um talento indiscutível. Pelos comentários da estreia, os tuiteiros se demonstraram muito mais preocupados com a vida pessoal da loira: seu ex-marido Pedro Neshling, o namoro com o CQC e os boatos sobre sua relação com Maria Gadu... Enfim, não quero fazer a caveira da garota, até porque simpatizo com ela. Mas, o fato é que não acho que ela tem cacife o suficiente para julgar essa galera e, por mim, em seu lugar estaria alguém de mais peso, como foi na edição passada, em que Paula Lima ocupava a cadeira feminina do júri.

Outro novato é Rick Bonadio. Ele deixou claro que usa critérios não matemáticos para buscar uma pedra bruta que vai chegar ao sucesso, como outros artistas com quem trabalhou. A edição do programa caprichou no exemplo, citando, entre outros, Rouge.



E, à frente desse júri, Marco Camargo está de volta para, com certeza, fazer muito candidato chorar... Porque, afinal, para quem já trabalhou com Roberto Carlos, não é qualquer um que vai ser ídolo, né? Marco acredita que essa edição será a de maior sucesso desde que o Ídolos começou no país. Espero que ele esteja certo e, digo mais, torço para que o programa seja mais do que um programa de calouros e dê visibilidade, realmente, a um grande talento. Porque, se ser Ídolo é o que o talentoso prodígio sertanejo Israel Lucero se tornou, pra quê, né!?




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