A batalha

Terça-feira com uma tarefa difícil para Rodrigo Faro, o Ídolos e a Record: enfrentar a estreia de "O Astro", remake de um antigo sucesso e com elenco de arrasar que, coincidentemente (#not porque NADA na TV é por coincidência), será exibido no mesmo horário de A Fazenda, que estreia na próxima semana.

Para começar a batalha com a Globo, a noite era de músicas inéditas. Daí, a primeira indagação que me veio à cabeça foi: Se a tal "Sem juízo", gravada pelo vencedor da última edição Israel Lucero não fez sucesso, se considerarmos que a voz dele dá um banho nos dois finalistas deste ano, não vão ser os Ídolos que vão desbancar O Astro.

Foi então que veio Henrique Lemes para a loucura das caprichetes, com uma arrogância sem fim já na entrevista. Com 16 anos, ele estava cheio de certezas. disse que sabia que estaria na final, já esperava isso e estava certo daquilo e blá, blá, blá. Chegou ao palco com a segurança de um Roberto Carlos e (pausa para o suspense) cantou uma música fraquinha, sem graça... Balançou os braços, não desafinou, tampouco emocionou. Se fosse nas audições, muito provavelmente estaria junto aos 49.985 que ficaram fora do TOP15. Ah, se os jurados me vissem falando isso... Devo estar muito enganada, né!? Pois, choveram elogios de quem entende de música, ou não.

Higor Rocha chegou mais na humildade... agradeceu a Deus por estar ali, se disse vitorioso por ir tão longe, revelou que teve dificuldades e até assumiu que teve repetidos erros nessa fase. Começou cantando baixinho, mal dava para ouvir sua voz, sentado num banquinho, começou a canção feita especialmente para ele que, sem reparar na letra, é perigoso ser confundida com uma música gospel. Higor também foi elogiado pelos jurados. Mas, assim como Henrique, fez uma apresentação fraca, eu diria até pior que o primeiro e, ainda, com o inconveniente de se tratar de um estilo mais difícil de se emplacar do que o sertanejo.

De resto, o programa foi muita enrolação. No geral, fora alguns desafinos e gritinhos já costumeiros vindos dos dois, ambos demonstraram evolução - nada mais do que a obrigação - mas, não adianta. Assim como eles não mereciam estar na final, muito provavelmente não irão muito mais longe que isso. Mais do que a sorte que eles tiveram de chegar onde estão, falta técnica e para ir além, eles ainda têm muito o que estudar e aprender... Assim como a Record, que com um programa que já exibe há anos deveria aprender como é que se desbanca a Globo, pois a nº 1 não precisou de muito para fazer 22x7 na audiência.